Qual é o objetivo deste congresso?
A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) organiza de 3 a 11 de setembro de 2021, em Marselha, o Congresso Mundial da Natureza. Criada em 1948, a IUCN edita, entre outros, a lista vermelha das espécies ameaçadas e reúne cerca de 1400 membros associativos, comitês nacionais e representantes de governos a nível mundial.
Este congresso, que normalmente se realiza de quatro em quatro anos, reunirá representantes de governos, empresas, bancos de desenvolvimento, universidades, sociedade civil e povos indígenas para definir prioridades e orientar ações que permitam uma melhor tomada em consideração da natureza à escala planetária.
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O Fórum, espaço de debate do congresso, oferecerá mais de 500 eventos - mesas redondas, formações, cafés “ação-natureza” - de 4 a 7 de setembro. A Assembléia Geral, reservada aos membros, incluindo a França, será realizada de 8 a 10 de setembro para eleger o novo conselho da IUCN, aprovar seu programa e adotar novas moções.
Em paralelo, outros espaços estão previstos para um público mais amplo: a Exposição, onde uma série de organizações apresentarão suas ações, de 4 a 9 de setembro, bem como Espaços Gerações-Natureza dedicados ao grande público, onde serão destacados de 4 a 11 de setembro as ações e compromissos de atores não estatais e cidadãos em prol da biodiversidade.
O que podemos esperar?
O Congresso Mundial para a Natureza de Marselha sucede à edição realizada no Havaí em 2016 e será realizado de forma híbrida, tanto no local, no parque Chanot, e remotamente via internet. Ele será particularmente importante, dado o lugar que a biodiversidade assumiu a nível internacional, agora tratada como um tema importante, e o fato de estar sendo realizada pouco antes de duas reuniões cruciais para a preservação do meio ambiente: a COP15 sobre diversidade biológica, que deverá permitir definir um quadro internacional de preservação até 2030, e a COP26 sobre o clima, que consagrará a convergência de soluções entre clima e biodiversidade.
Ao sediar este evento, a França espera mobilizar a comunidade internacional sobre os desafios ligados à biodiversidade e preparar o caminho para acordos ou anúncios ambiciosos nas COPs seguintes. Três mensagens são esperadas: uma sobre os planos de recuperação pós-Covid dos governos a fim de considerar mais a natureza, uma segunda mensagem sobre a crise de biodiversidade para a COP15 da Convenção sobre Diversidade Biológica (a ser realizada online em outubro, e na China em 2022), e uma terceira sobre a emergência climática para a COP26 (de 31 de outubro a 12 de novembro em Glasgow, Escócia).
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A crise da Covid-19, com suas ligações entre a saúde do planeta e a saúde da humanidade, e o desejo resultante de uma recuperação mais verde e resiliente, também ajudará a fazer desta cúpula um marco miliário.
Por que a AFD estará presente?
A Agence Française de Développement pretende enviar em Marselha uma mensagem forte a favor do alinhamento dos atores financeiros internacionais quanto às ambições e ações para preservar a biodiversidade e combater a mudança climática.
Juntamente com seus parceiros - incluindo o International Development Finance Club (IDFC) -, a AFD, através de vários eventos do Fórum, destacará o papel de liderança dos bancos públicos de desenvolvimento no campo das finanças verdes, em consonância com a primeira Cúpula Finança em Comum organizada em Paris em novembro de 2020, e cuja segunda edição terá lugar em Roma, em 19 e 20 de outubro de 2021.
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O público em geral também terá acesso a um estande dirigido pela AFD nos Espaços Gerações-Natureza do congresso. De sábado 4 a quarta-feira 8 de setembro, uma caminhada por três espaços (descoberta, ameaças, soluções) será proposta para aumentar a conscientização sobre a proteção dos organismos vivos.
A proteção da biodiversidade constitui uma área de ação prioritária para o Grupo AFD, integrada em todas as suas atividades com o objetivo de conciliar natureza e desenvolvimento. Em 2020, a AFD dedicou 565 milhões de euros em prol da biodiversidade, com um objetivo de um bilhão de euros em 2025.