A Agência francesa de desenvolvimento (AFD) e o Fundo francês para o meio ambiente mundial (FFEM, a sigla em francês) lançaram na terça-feira, 13 de abril, o projeto TerrIndigena, envolvendo diversos países com o objetivo comum de acompanhar o processo de organização de 18 povos originários da Amazônia em três nações: Brasil, Colômbia e Equador.
A iniciativa será desenvolvida juntamente com a Fundação Gaia Amazonas (Colômbia), a Fundação EcoCiencia (Equador) e o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena - Iepé (Brasil). Ela também contará com a participação de uma série de organizações da sociedade civil ou ONGs com vasta experiência junto aos povos originários, que protegem a maior floresta tropical do mundo.
Preservar 17 milhões de hectares
O projeto dedicará 5,72 milhões de euros para reforçar a proteção de mais de 17 milhões de hectares na região do norte da Amazônia do Brasil, Colômbia e Equador. Essa área natural, hoje uma das mais preservadas da região, enfrenta ameaças ambientais cada vez maiores, como o desmatamento, a utilização excessiva dos recursos naturais e a poluição da água e dos solos, que também fragilizam os povos originários.
TerrIndigena possui quatro pilares:
- Instrumentos de governança para garantir uma maior defesa dos direitos dos povos originários e a proteção de seus territórios.
- O acompanhamento comunitário para lutar contra pressões e ameaças endógenas e exógenas.
- A implementação de atividades geradoras de renda adaptadas aos valores e culturas tradicionais, respeitando os ecossistemas.
- A troca de conhecimentos e experiências a nível regional, bem como a coordenação dos protagonistas.
Para Nicolas Fornage, diretor regional da AFD para os países andinos, “o projeto TerrIndigena vem completar o projeto regional TerrAmaz, lançado em 2020. Essas duas iniciativas representam a concretização do comprometimento do governo francês para a preservação da Amazônia e visam a proteção do bioma local e o desenvolvimento sustentável dos territórios dos povos originários”.