A metrópole do Rio de Janeiro vivenciou uma urbanização acelerada desde os anos 1950, com um déficit de transportes públicos urbanos. O aumento da frota de carros particulares satura as vias de circulação da cidade e aumenta as emissões de gases do efeito estufa. Além disso, o sistema de transportes encontra dificuldades para acompanhar o crescimento econômico e reduzir as desigualdades sociais. Visando enfrentar estes desafios, o estado do Rio de Janeiro desenvolveu, a partir de 2007, uma ambiciosa política de mobilidade urbana definida conforme o Plano Diretor de Transportes Urbanos. Os eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, apresentaram-se como uma oportunidade para acelerar essa política. Ela compreendeu um apoio à demanda por transportes por meio da integração tarifária, de um importante trabalho de investimento nas infraestruturas de transporte coletivo e da implementação de uma governança no nível metropolitano. A AFD apoiou o Estado na implementação dessa estratégia. Esse suporte se insere na missão da AFD no Brasil, confiada pelo governo francês, principalmente voltada para favorecer um crescimento verde e solidário.
Para superar esses desafios, o estado do Rio de Janeiro desejava atualizar suas ferramentas de planejamento e desenvolver uma governança metropolitana. Essa iniciativa foi acompanhada do aumento da oferta de transporte coletivo: expansão da rede de metrô por meio da construção de novas linhas, modernização dos trens urbanos e do transporte marítimo que atravessa a Baía de Guanabara. Uma outra alavanca foi a política de integração tarifária, introduzida em 2010: o "Bilhete único", que permite ao usuário utilizar duas formas de transporte coletivo, sendo pelo menos um deles intermunicipal. O apoio da AFD foi acompanhado de uma parceria técnica com a agência de urbanismo e o Sindicato dos Transportes da Île de France (STIF e IAU-IdF), visando compartilhar e valorizar a experiência francesa em matéria de mobilidade sustentável e planejamento de desenvolvimento urbano. A consultoria SYSTRA também participou dessa iniciativa. O programa de cooperação técnica ainda em andamento tem como alvo os temas de gestão intermunicipal, de planejamento estratégico e de mobilidade urbana em geral.
O projeto contribuiu para a modernização e aumento de 132% no número de trens urbanos entre 2012 e 2015, bem como para a construção de 7 novas estações de metrô, com um aumento dos passageiros.
A implantação do "Bilhete Único", utilizado por mais de 5 milhões de pessoas em 2016 (mais de 860 milhões de trajetos desde 2010), facilita o acesso ao mercado de trabalho pelos habitantes das regiões periféricas menos favorecidas.
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