A região sul do Brasil, composta pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, é a segunda maior do país em termos de contribuição econômica. As atividades econômicas desencadeiam impactos ambientais e climáticos significativos. Os desafios cruciais abrangem especialmente na agricultura e na pecuária, que representam atividades com forte emissões de gases de efeito estufa (20% das emissões neste setor no Brasil). Grandes desafios ambientais devem ser superados, em particular a melhoria da qualidade das águas superficiais, a rede de saneamento e a gestão dos resíduos agrícolas da região. Para encarar esses desafios e no âmbito de suapolítica ambiental e social definida em 2015, o BRDE, banco público de desenvolvimento mantido pelos três estado do sul, lançou o programa de Produção e Consumo Sustentável (PCS). A AFD apoia essa iniciativa, tendo por objetivo que os projetos sustentáveis representem 15% dos empréstimos concedidos pelo banco até 2 20.
Para responder aos desafios ambientais da região sul e em coerência com as políticas ambientais e climáticas do Brasil, essa parceria visa dois objetivos: em primeiro lugar, apoiar o BRDE na implementação do programa PCS para financiar projetos de alto impacto em favor do meio ambiente e do clima, e em segundo lugar contribuir com a diversificação de recursos do BRDE através desse primeiro empréstimo acordado por um financiador bilateral.
Essa parceria apoiará os cinco eixos prioritários do programa PCS : (i) energias limpas e renováveis (pequenas centrais hidroelétricas, de biomassa, eólica, solar), (II) uso racional e eficiente da água, (iii) gestão de resíduos e reciclagem, (iv) agricultura sustentável, e (v) cidades sustentáveis. A AFD e o BRDE se comprometem, desta forma, a mobilizar conjuntamente financiamentos visando lutar contra as mudanças climáticas, em coerência com a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira e com o Acordo de Paris. Esse compromisso se insere também na vontade de desenvolver sistemas financeiros perenes e responsáveis.
Uma cooperação técnica será criada para apoiar o banco nas medições e acompanhamento dos impactos dos projetos, no reforço da sua política ambiental e social, e acompanhá-lo em suas ações para o aumento da proporção de projetos “verdes” em sua carteira de empréstimos.
Nos próximos três anos, os projetos financiados através dessa parceria serão selecionados em função de seus impactos no desenvolvimento e no clima. É previsto apoiar ao menos 20 projetos de atores públicos e privados: cooperativas, agricultores, empresas privadas, municípios. Uma redução de emissão de gás de efeito estufa é esperada graças ao financiamento de energias renováveis e a promoção de atividades agrícolas a baixo carbono. O apoio a investimentos de adaptação permitirá também aumentar a resiliência da região frente às alterações climáticas.
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