A Direção Regional do Brasil-Cone Sul, com sede em Brasília, abrange dois países da região: Brasil e Argentina.
Juntos, o Brasil e a Argentina têm uma população de 260 milhões de habitantes e um PIB de 2 300 biliões de dólares, ou seja, metade da população e do PIB total da América Latina. Na região Brasil-Cone Sul, a ação do grupo AFD visa favorecer a transição ecológica e a justiça social nas trajetórias de desenvolvimento dos países em causa. De forma a valorizar os impactos positivos da luta contra as alterações climáticas e tendo em conta os desafios de desenvolvimento da região, as atividades da Direção Regional do Brasil-Cone Sul seguem dois eixos prioritários de atividade: a transição territorial e ecológica e a transição energética.
O sucesso da transição territorial e ecológica está no centro da estratégia do grupo AFD na região. Nossos objetivos:
Promover a mobilidade urbana
A AFD e a Proparco trabalham em estreita colaboração em projetos de mobilidade urbana, que mobilizam fundos privados e públicos. Neste contexto, o Grupo planeja formular ofertas de financiamento do “grupo AFD” e acompanhará os interesses franceses. A AFD está também engajada em mobilizar o Fundo Verde para o Clima, designadamente ao redor do projeto regional para o desenvolvimento da mobilidade elétrica.
Melhorar o acesso aos serviços seguros de água potável e saneamento
A população tem uma baixa taxa de acesso ao saneamento coletivo: 39% no Brasil e 26% na Argentina. O gerenciamento e a preservação integrados dos recursos hídricos, assim como o acesso aos serviços de água potável e de saneamento, são, por isso, uma prioridade para a AFD na região do Brasil-Cone Sul. A ação do Grupo visa principalmente as regiões menos desenvolvidas economicamente, em particular ao Nordeste brasileiro.
Gerenciamento sustentável de terras e ecossistemas
O grupo AFD centra sua ação no uso dos solos, designadamente no Brasil, onde a agricultura e a agroindústria continuam a ser setores-chave da economia (aproximadamente 25% do PNB e 40% das exportações). Neste contexto, o desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável é essencial. Existem várias iniciativas públicas e privadas, mas muitas vezes carecem de apoio técnico, financeiro ou político. A AFD começou a trabalhar na Amazônia brasileira. Sua ação visa responder às necessidades de desenvolvimento “clássicas”, mas essenciais para o ecossistema regional, e incentivar modos sustentáveis de produção e preservação dos ecossistemas florestais.
Apoiar ao acesso a habitação decente
As consequências sociais da epidemia de Covid-19 correm o risco de agravar as desigualdades e empurrar uma parte da classe média de volta à pobreza. A AFD apoiará projetos de acesso à habitação, desde que tragam co-benefícios para o clima.
Paralelamente, o grupo AFD está engajado em atividades capazes de enfrentar os desafios da transição económica e financeira e da transição política e de cidadania na região do Brasil-Cone Sul. Estamos também engajados em reforçar os laços sociais, designadamente através do combate às desigualdades territoriais e sociais e prestando especial atenção às desigualdades entre mulheres e homens.