Angola

Após um conflito de mais de 30 anos, o país tenta reconstruir-se apesar da forte crise econômica provocada, entre outros fatores, pela queda das cotações do petróleo. AFD supports Angola in its efforts to diversify the economy and promote inclusive
socioeconomic development, with the aim of ensuring long-term socio-economic stability
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A AFD apoia Angola nos seus esforços para diversificar a economia e promover o desenvolvimento socioeconómico inclusivo
AFD E ANGOLA: DIVERSIFICAR A ECONOMIA E REDUZIR AS DESIGUALDADES
angola, luanda

Promover o acesso à água e à energia fiável

Promover o acesso à água em Angola, AFD

Promover o acesso à água e à energia fiável

Apesar dos investimentos significativos nos últimos anos, a taxa de acesso a serviços essenciais permanece baixa em Angola, nomeadamente o acesso à água. Em 2020, apenas 57% da população tinha acesso a uma fonte de água melhorada a nível nacional, em comparação com apenas 28% nas zonas rurais. 

O Governo angolano, em parceria com a AFD, o Banco Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento e o BEI, comprometeu-se a reestruturar o sistema de gestão da água e saneamento básico. Criou ainda empresas provinciais de água e um instituto regulador do sector. A AFD apoia o reforço destas empresas públicas, bem como a reabilitação e a reabilitação e extensão das redes de água urbanas e periurbanas nas principais províncias do país. O objectivo: proporcionar o acesso à água a cerca de 1 milhão de habitantes adicionais nos distritos mais pobres.

Apenas um terço da população tem acesso à electricidade. O governo estabeleceu um objectivo ambicioso: fornecer electricidade a 60 por cento da população até 2025. Para isso, pretende melhorar a gestão financeira das empresas públicas do sector, reduzir as perdas, reabilitar as infra-estruturas e expandir a rede eléctrica a partir das cidades mais populosas. A eletrificação rural também é uma prioridade para promover o seu desenvolvimento económico e combater o êxodo rural.

A AFD apoia estas iniciativas através do financiamento da reabilitação e extensão da rede existente, bem como as missões de assistência técnica às empresas públicas no valor de 150 milhões de euros.

Desenvolver o sector agrícola

Desenvolver o sector agrícola em Angola, AFD

Desenvolver o sector agrícola

A agricultura é um sector-chave para a diversificação económica de Angola. O seu desenvolvimento permitirá um crescimento mais inclusivo e uma melhoria da segurança alimentar e nutricional do país. O crescimento do sector nos últimos anos foi impulsionado principalmente pela pequena agricultura familiar, que permitiu a expansão das áreas cultivadas, na sequência do regresso da terra à agricultura após a guerra civil, e do investimento governamental em infra-estruturas públicas. Mas a produção agrícola nacional permanece abaixo à procura, e Angola importa mais de metade das suas necessidades alimentares.

A AFD acompanha as autoridades, e em particular o Ministério da Agricultura e Florestas, a desenvolver um sector agrícola mais resiliente, permitindo a criação de inúmeros postos de trabalho dignos.

Financia quatro projectos estruturantes, representando mais de 150 M€ aprovados desde 2018. Estes projectos foram criados para acompanhar de forma o mais abrangente possível o reforço dos sectores-chave, desde a formação profissional, ao acesso ao financiamento bancário e ao financiamento de infra-estruturas.

Intervimos em parceria com os outros doadores do sector em Angola: o Banco Mundial, o FIDA, a União Europeia e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
 

Apoio à inovação e ao empreendedorismo digital

Apoio à inovação e ao empreendedorismo digital em Angola

Apoio à inovação e ao empreendedorismo digital

A população muito jovem de Angola tem um enorme potencial para a criação de start-ups e soluções tecnológicas e digitais em diversos domínios: transportes, marketing, vendas, agricultura, pescas...

Em 2021, o ecossistema angolano das start-ups, embora emergente, foi classificado no Top 115 mundial e no 2.º lugar dos países da África Central.

Como parte do seu apoio à diversificação económica e ao desenvolvimento socioeconómico do país, a AFD está a apoiar o ecossistema angolano das start-ups através de um programa de cooperação técnica implementado entre a Universidade Óscar Ribas, a SchooLab e a EmLyon. Este projecto-piloto de parceria entre pares, que inclui uma incubadora, uma Junior Enterprise, um Fab Lab (com TotalEnergies) e formação em empreendedorismo, procura criar um pólo empresarial de referência em Luanda. O sucesso desta iniciativa deverá permitir ao projecto ser ampliado de acordo com as autoridades locais, ainda com o apoio da AFD, da Expertise France e da Digital Africa.

Acompanhamento das reformas macroeconómicas

governança,seminário reunindo magistrados, Costa do Marfim

Acompanhamento das reformas macroeconómicas

Enquanto maior produtor de petróleo de África (OPEP, 2022), Angola continua economicamente dependente dos recursos petrolíferos. Após a queda dos preços do petróleo a partir de meados de 2014, Angola viu-se numa grave recessão e enfrenta graves desequilíbrios fiscais. No final de 2017, o governo empreendeu um importante programa de reformas estruturais destinado a modernizar, diversificar e tornar a economia do país atraente para os investidores, com o apoio do FMI e do Banco Mundial.

A AFD está directamente envolvida no acompanhamento da transição económica e financeira do país através de um apoio orçamental com base em políticas públicas de 200 milhões de euros. O projecto centra-se na reforma da gestão das finanças públicas, seguindo os melhores padrões internacionais de eficiência e transparência (PEFA, MAPS), no redimensionamento e reforço da governação do sector empresarial público, numa melhor gestão do apoio às parcerias público-privadas e na melhoria da capacidade e supervisão do sector financeiro por parte do Banco Central.

Este projecto é acompanhado por um ambicioso programa de assistência técnica, conduzido pela Expertise France, com um apoio significativo da União Europeia, financiado por uma subvenção de 7,5 milhões de euros. O seu objectivo é construir uma cooperação bilateral a longo prazo entre pares sobre reformas, para a trajectória de desenvolvimento do país

Optimizar a mobilidade urbana em Luanda

transporte, AFD

Optimizar a mobilidade urbana em Luanda

A oferta de transportes na província de Luanda baseia-se em três modos: o sistema ferroviário suburbano, com uma única linha entre Luanda e Catete/Icolo & Bengo (utilizado por 1.600 passageiros/dia), o transporte marítimo baseado em 4 barcos, 2 linhas e 3 estações (cerca de 300 passageiros/dia), e o transporte rodoviário (utilizado por 450.000 pessoas por dia, ou seja, 5% da população).

Os táxis colectivos privados, mais rápidos, mas mais caros do que os autocarros públicos de transportes urbanos de Luanda representam 68% da repartição modal. Os transportes públicos são considerados lentos e a sua frota está largamente abaixo da capacidade nas horas de ponta, gerando desconforto e insegurança para os utilizadores. 

Através de um FEXTE, a AFD, o departamento económico da Embaixada e o Ministério dos Transportes de Angola criaram um programa de cooperação para desenvolver uma mobilidade urbana mais sustentável para fazer face ao forte crescimento demográfico da aglomeração. Este programa está a ser implementado por um parceiro experiente, a associação CODATUque permite a troca de experiência e conhecimento franceses, mas também uma abertura para o intercâmbio de experiências com projectos semelhantes em África.

Promover o desenvolvimento através do desporto

Promover o desenvolvimento através do desporto  em Angola, AFD

Promover o desenvolvimento através do desporto

A AFD promove a ideia de prática desportiva aberta a todas e a todos, e a base para um desenvolvimento social e educativo que garanta a igualdade de género e a cidadania.

Estamos a financiar ainda um projeto de cooperação desportiva e social na área do basquete feminino entre o clube LDLC ASVEL feminino, a Tony Parker Adéquat Academy e o clube angolano das Formigas de Cazenga. Este projecto visa transformar o basquete numa alavanca de acção para os jovens angolanos. Faz parte de uma iniciativa global francesa e está ligado ao projecto “O basquete como vector de autonomia social e educativa das meninas em Angola (FSPI BASE-F)” desenvolvido pela Embaixada da França em Angola.

11
projectos financiados desde 2018
806
milhões de euros em dotações desde 2018
45%
do valor em prol da diversificação da economia

Após 13 anos de luta que levaram o país para a sua independência em 1975, a Angola foi imersa em um conflito civil que durou 27 anos, antes de terminar com o acordo de paz de 2002. Além do elevadíssimo número de vítimas urbanas, o conflito devastou as infraestruturas, marginalizou as zonas rurais e impactou profunadamente as memórias. Quinze anos após o fim da guerra, o país está se empenhando na sua reconstrução apesar da forte crise econômica provocada pela recente crise do petróleo, produto que representou 95% das exportações do país na última década. Considerando as limitações do modelo econômico adotado nas últimas décadas, o governo resolveu dar prioridade máxima à diversificação da economia.

A Angola possui muitas riquezas naturais: maior produtor de petróleo, à frente da Nigéria em 2016 e 2017, com um subsolo é rico em diamantes e outros recursos minerais, o país é percorrido,na sua superfície, por uma das redes hídricas mais densas da região, com uma boa ensolaração e um amplo capital humano de predominância jovem. Com cerca de 1800 km de litoral, localizado na junção da África Austral e da África Central, a Angola tem o potencial geográfico para tornar-se uma plataforma econômica e comercial importante na região.Membro da SADC e da CEEAC e bastante envolvida na região dos Grandes Lagos, a Angola está desenvolvendo o seu papel regional e procurando ampliar a interconexão regional das suas redes de infraestrutura.

Com uma superfície de cerca de duas vezes a França e uma população de 25,8 milhões de habitantes, dos quais 63% moram nas cidades, a Angola é o sétimo país mais povoado da África. Apesar de ser um país de renda intermediária (PRI) e de possuir o terceiro PIB per capita da África subsaariana, atrás da Nigéria e da África do Sul, o país apresenta fortes desigualdades. Com a 149º posição (de 188) no ranking do índice de desenvolvimento, o país sofre uma pobreza onipresente: 28% da população vivia abaixo da linha de pobreza internacional de 1,90 dólares em 2014. A esperança de vida é de 52,3 anos, uma criança de 6 não é escolarizada, e o Banco Mundial avalia que mais da metade da população sofre de desnutrição pontual, e 22% das crianças de até cinco anos de desnutrição crônica moderada.

A AFD acompanha o governo angolês na realização dos seus objetivos de diversificação econômica (PND), de desenvolvimento inclusivo e sustentável (ODS) e de adaptação e mitigação das mudanças do clima (Acordo de Paris).

A agência AFD Angola está vinculada a Direção Regional África Austral.

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