Embora as desigualdades entre os países tenham diminuído nos últimos anos em decorrência da redução da pobreza na China e na Índia, nunca o fosso foi tão marcado. Hoje ainda, as disparidades são profundas, especialmente em termos de acesso aos serviços básicos, e as desigualdades dentro dos países têm se agravado nos últimos 20 anos. 1% da população possui metade da riqueza mundial.

O agravamento das desigualdades não é apenas uma questão política e social: ela pesa sobre o desenvolvimento econômico dos países. Estima-se, por exemplo, que os países da OCDE perderam cerca de 5% de taxa de crescimento em decorrência das desigualdades entre 1985 e 2005.

A AFD atua em prol da redução das desigualdades: dentro dos países, ao ajudar as categorias de população mais pobres e vulneráveis, inclusive nos países de renda média, onde permanecem bolsões de pobreza; e no plano internacional, ao acompanhar os países menos desenvolvidos (PMA). 

Em 2016, a AFD empenhou 1,6 bilhões de euros nos PMA. Em 2017, ela criou uma equipe de pesquisa para entender a natureza, as causas, as diferenças (desigualdades de gênero, territoriais, de renda etc.) e as consequências em cada contexto, e criar, dessa forma, as bases da futura estratégia.