Transição demográfica e social

Como garantir o bem-estar dos 8,5 bilhões de habitantes que nosso planeta terá em 2030? Este é o desafio da transição demográfica e social. Ela coloca o ser humano no centro dos projetos da sociedade e contribui para a qualidade da inclusão social.
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Habitants de la Nueva Barquita à Saint-Domingue, République dominicaine
A população mundial continuará a crescer rapidamente durante as próximas décadas, principalmente no continente africano. Enquanto alguns países iniciam sua transição demográfica ou conhecem um aumento da natalidade, outros chegam ao fim deste ciclo e confrontam-se com o desafio do rápido envelhecimento da sua população.

Acompanhar a transição demográfica e social significa tomar em conta a variedade das dinâmicas populacionais e agir no sentido de reduzir as desigualdades entre os países e no próprio âmago das sociedades, particularmente entre mulheres e homens. A diminuição das desigualdades condiciona a aceitabilidade social das demais transições, num planeta com recursos finitos e esgotáveis. Para isso, desenvolvemos "diagnósticos das desigualdades" e um marcador de cobenefícios de projetos que visam reduzi-las, para identificar as populações desfavorecidas beneficiárias desses projetos.

Melhorar o acesso aos serviços básicos

escola, educação, Senegal

O acesso de todos a serviços sociais básicos de boa qualidade continua a ser um desafio, reiterado pelo surgimento de soluções digitais em todas as regiões do mundo, quer se trate de cobertura universal de serviços de saúde ou de educação.

Trabalhamos para melhorar os sistemas de saúde e segurança social e lutar contra as pandemias, que ainda constituem uma ameaça grave. Prestamos uma atenção renovada à erradicação da subnutrição (ODS 3 - Saúde e bem-estar e ODS 2 – Fome zero).

Na África, o Grupo AFD contribui para acelerar a transição demográfica, apoiando prioritariamente a educação das meninas e a diminuição do número de gravidezes precoces, a queda da mortalidade infantil e o acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva.

Nos países confrontados ao envelhecimento acelerado, especialmente na Ásia, nos baseamos na experiência adquirida além-mar e na expertise do Grupo Caisse des Dépôts (CDC) para acompanhar as políticas públicas destinadas a conferir mais autonomia aos idosos (transporte, habitação, etc.) e sistemas de aposentadoria adaptados.

Favorecer a inserção social e a inovação

estudante, formação profissional, Maurício

Viver juntos significa oferecer a todos oportunidades de inserção e inovação. Isso pressupõe, principalmente, investir no ensino superior e na pesquisa.

A AFD promove a melhoria da qualidade dos sistemas de formação profissional e do ensino superior, e dos dispositivos de ingresso e de mobilidade no mercado de trabalho. Nossa iniciativa desenvolve o potencial de jovens e mulheres, para ampará-los contra a violência, e facilitar sua inserção profissional e permanência no emprego.

Também apoiamos o espírito empresarial, especialmente o feminino, e a criação de empregos decentes, que promovam a inclusão financeira e o financiamento das PME.

Garantir a coesão social

raparigas, Camboja, escola

A transição demográfica e social supõe, também, estreitar os laços sociais e garantir a coesão.

Em todos os lugares onde atua, a AFD visa a redução das desigualdades que fragilizam as relações sociais, em sintonia com o ODS 10 (Diminuição das desigualdades). Nos baseamos na experiência francesa em matéria de ordenamento do território e cobertura territorial dos serviços à população, descentralização, tributação (especialmente para as políticas de redistribuição) e proteção social.

Para elaborar as políticas e abordagens mais eficazes para reduzir as desigualdades econômicas e sociais, realizamos, em colaboração com os países interessados, diagnósticos sobre os fatores-chave dessas desigualdades.