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Europa e Brasil: unidos para fortalecer o Fundo Clima e acelerar os investimentos verdes em todo o país
Na COP30, o BNDES, ao lado do MMA, e três bancos públicos europeus de desenvolvimento (AFD, KfW e CDP) assinaram uma Carta de Intenções para reforçar o Fundo Clima, principal instrumento de financiamento climático do país, com foco em projetos de impacto social e ambiental.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) assinaram, uma Carta de Intenções com o Kreditanstalt für Wiederaufbau (KfW), o Grupo Agence Française de Développement (AFD) e a Cassa Depositi e Prestiti (CDP), prevendo um aporte de R$ 6,17 bilhões (1 bilhão de euros) ao Fundo Nacional sobre Mudanças Climáticas (Fundo Clima). Juntos, unem esforços para transformar o Fundo Clima em um motor central da transição ecológica no Brasil, alinhado ao Plano Clima nacional e aos compromissos do Acordo de Paris.
A iniciativa financiará investimentos em mobilidade sustentável, energias limpas, restauração florestal, bioeconomia, infraestrutura resiliente ao clima e gestão da água, com foco especial no Norte e Nordeste. A Carta de Intenções estabelece um mecanismo financeiro inovador para o Fundo Clima, no âmbito da cooperação Brasil–União Europeia, a fim de apoiar projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa e de adaptação climática. Para sua implementação, as três instituições formaram um sindicato no âmbito da rede JEFIC, que reúne bancos de desenvolvimento europeus dedicados ao cofinanciamento e à mobilização de capitais.
Os parceiros europeus planejam mobilizar até R$ 6,17 bilhões - 1 bilhão de euros (KfW: € 500 milhões; AFD: € 300 milhões; CDP: € 200 milhões) em empréstimos soberanos para capitalizar o Fundo. Os acordos de financiamento definitivos serão assinados após os procedimentos internos de due diligence e aprovação, previstos até setembro de 2026.
Um marco importante na cooperação climática internacional
A cerimônia, realizada em 12 de novembro no Pavilhão do BNDES durante a COP30 — com a presença de Aloizio Mercadante (Presidente do BNDES), João Paulo Capobianco (Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente – MMA), Rémy Rioux (Diretor-Geral do Grupo AFD), Christiane Laibach (Membro do Conselho Executivo do KfW) e Paolo Lombardo (Diretor de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento da CDP) — marca um marco importante na cooperação climática internacional. Ela transmite uma mensagem clara: a financeirização climática pode ser ambiciosa, equitativa e orientada para a ação, ao mesmo tempo que melhora a vida das pessoas e protege os ecossistemas.
“A contribuição das instituições europeias de desenvolvimento para o Fundo Clima demonstra a força desse instrumento do governo brasileiro na agenda da transição ecológica global. O fortalecimento dos laços entre o Brasil e a União Europeia faz parte de um movimento estratégico do governo do presidente Lula para ampliar as relações diplomáticas e econômicas do nosso país com o restante do mundo”, declarou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
Contatos :
Andrea Cordeiro Souza - andrea.souza@bndes.gov.br
Clara Cezar - cezarc.ext@afd.fr
Santiago Giraldo – giraldos@afd.fr
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