Clima

Os modelos atuais de produção e consumo esgotam a biodiversidade e os recursos naturais. Os gases de efeito estufa que emitimos aceleram as mudanças do clima... Desde 2005, o clima constitui uma prioridade para a AFD. Porque o clima e o desenvolvimento são duas emergências interligadas. Porque no mundo todo, as transições energética e ecológica são indutoras de oportunidades.
Está na hora da ação. O nosso objetivo? Que todos os nossos projetos sejam 100% compatíveis com o Acordo de Paris.
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A ambição da AFD em termos de clima: ser um banco de desenvolvimento 100% compatível com o Acordo de Paris
Centrale solaire NOOR II de Ouarzazate, Maroc  © Francesco Zizola pour l'AFD

Uma atividade "100% Accordo de Paris"

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Uma atividade "100% Accordo de Paris"

Tomada em 2017, a decisão de promover uma atuação 100% compatível com o Acordo de Paris em todos os níveis do grupo AFD é um compromisso inédito que ilustra a nossa posição proativa em relação ao clima.

Ser “100% Acordo de Paris” significa analisar cada intervenção do grupo à luz da sua coerência com o desenvolvimento de baixo carbono e de resiliência a longo prazo do país em que está sendo executada. Essa análise será completada por uma avaliação da exposição dos nossos investimentos aos riscos do clima, quer sejam físicos ou ligados às políticas de transição de baixo carbono. Essas análises embasarão o Parecer Desenvolvimento Sustentável atribuído aos projetos durante a sua avaliação prévia.

Para ir além na co-construção, com os países parceiros, de planos de combate às mudanças do clima, a AFD está implementando a “Facilidade 2050”, dedicada à elaboração das estratégias de desenvolvimento de baixo carbono e resiliência que todos os países foram convidados a produzir até 2020, conforme as resoluções da COP21.

Esse compromisso vem complementar outro compromisso já assumido pelo grupo: fazer com que 50% dos financiamentos tenham um impacto direto benéfico para o clima. 

Aumentar os volumes de financiamento climático

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Aumentar os volumes de financiamento climático

Em 2022, o Grupo AFD dedicou 6,9 bilhões de euros em financiamento climático, um aumento de 15% com relação a 2021 e o maior valor desde 2017. Um em cada três projetos teve benefícios conjuntos favoráveis à biodiversidade.

Para reduzir a exposição e a vulnerabilidade das sociedades aos riscos da mudança climática, o Grupo intensificou seus esforços para se adaptar a ela, dedicando 2,2 bilhões de euros a isso em 2022, o dobro do que em 2017.

A dimensão da adaptação está cada vez mais integrada aos projetos apoiados pela AFD, particularmente nos setores da água e saneamento e do desenvolvimento rural. A ação em favor da adaptação também é incentivada pela segunda fase do programa AdaptAction, que apoia estratégias de adaptação em países vulneráveis, e pela parceria com o Fundo Verde para o Clima, que inclui vários programas de adaptação às mudanças climáticas.

Reorientar os fluxos financeiros e de investimiento

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Reorientar os fluxos financeiros e de investimiento

Além do papel de solidariedade com os países mais vulneráveis e menos capazes de aproveitar as oportunidades da economia “verde”, os bancos de desenvolvimento têm hoje um papel importante de “catalizador” e “reorientador” do investimento público e privado mundial para investimentos adaptados às transições de baixo carbono e de resiliência dos países.

A AFD procura maximizar o efeito de alavanca dos seus financiamentos para a reorientação dos investimentos privados, em grande parte via linhas de crédito para bancos ou financiamentos diretos pela Proparco, a subsidiária do grupo para o financiamento do setor privado. 

Construir juntos soluções e se basear em padrões

NOOR II - Ouarzazate © Francesco Zizola

Construir juntos soluções e se basear em padrões

O Grupo AFD trabalha com seus parceiros para influenciar e colaborar na convergência de normas, práticas e padrões para o alinhamento de finanças sustentáveis, designadamente com relação ao clima e à biodiversidade.

Desde 2021, por exemplo, a AFD publica o relatório da Task Force on Climate Related Financial Disclosure (TCFD), que visa mostrar como o Grupo cumpre os melhores padrões internacionais para levar em conta os riscos relacionados ao clima em sua governança e na escolha das operações que financia. Essa consideração dos riscos climáticos se reflete no diálogo com seus clientes e parceiros. A AFD também participa da iniciativa internacional da Task Force on Nature-related Financial Disclosure (TNFD), que está trabalhando para desenvolver uma estrutura comum para que as instituições financeiras e as empresas avaliem, monitorem e divulguem os riscos financeiros relacionados à perda de biodiversidade.

O diálogo com a União Europeia sobre a aplicação da taxonomia europeia, com o sistema das Nações Unidas e outros parceiros (IFRS-ISSB, Ipsas), também é essencial para o necessário surgimento de um padrão financeiro sustentável. A AFD também está envolvida em um grande número de iniciativas para integrar melhor o clima e a natureza nas estratégias e operações das instituições financeiras que apoia – designadamente por meio da iniciativa Mainstreaming Climate Action in Financial Institutions.

Credenciada no Fundo Verde para o Clima desde 2015, a AFD apoia seus parceiros nos procedimentos de credenciamento do Fundo Verde e trabalha na avaliação de programas, sozinha ou em conjunto, com os membros do IDFC. Esse credenciamento permite desenvolver a capacidade de identificar e avaliar projetos favoráveis ao clima, paralelamente à atualização das estruturas, políticas e procedimentos aos quais os processos de credenciamento estão relacionados.

O papel dos bancos nacionais de desenvolvimento para o clima

one planet summit

O papel dos bancos nacionais de desenvolvimento para o clima

Desde 2017, a AFD é a anfitriã da secretaria geral do International Development Finance Club (IDFC), uma rede global única de 26 bancos de desenvolvimento nacionais, regionais e internacionais, 19 dos quais estão sediados em países em desenvolvimento. Atualmente, essa rede é presidida conjuntamente pelo Banco de Desenvolvimento da África Ocidental e pelo Bancoldex.

Com novos engajamentos financeiros que se aproximam de US$ 1,2 bilhões em 2022, dos quais quase 24% serão dedicados ao clima (US$ 282 milhões), o IDFC é o principal doador público do mundo para o clima.

Estão sendo exploradas várias áreas de colaboração com o IDFC, incluindo a implementação do Acordo de Paris, a metodologia para contabilizar o financiamento climático (para mitigação ou adaptação) e os compromissos conjuntos assumidos pelo IDFC e o grupo de bancos multilaterais de desenvolvimento na One Planet Summit (em 12 de dezembro de 2017, engajamentos renovados em 2021).

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bilhões de euros financiados para o clima em 2022 nos países em desenvolvimento
33,3
bilhões de euros financiados para o clima desde 2017

Secas, inundações, elevação do nível do mar, ciclones etc., o aquecimento do clima faz-se sentir cada vez mais no nosso planeta. Os seus efeitos são muito visíveis nos países em desenvolvimento, que também são os mais vulneráveis, com graves consequências para o homem e o meio ambiente.

Para a AFD, a constatação é clara: o desenvolvimento sustentável e o combate à pobreza não podem ser dissociados do combate ao aquecimento do clima e da proteção do meio ambiente e da biodiversidade.

Por isso a AFD está empenhada há mais de dez anos em benefício do clima, articulando a sua ação em torno de três eixos: a mitigação da mudança do clima, isto é, a limitação das emissões de gases de efeito estufa; a adaptação aos impactos das mudanças climáticas, isto é, a redução da exposição e da vulnerabilidade aos riscos climáticos das pessoas e dos territórios; o apoio aos Estados e entes subnacionais na implementação de trajetórias de baixo carbono e de resiliência contra os efeitos das perturbações do clima.

Nessa perspectiva, oferecemos um amplo leque de ferramentas financeiras (empréstimos, apoio orçamentário, garantias, investimentos em participações ou em doações e assistência técnica). Também mobilizamos recursos provenientes de mandatos europeus e internacionais, tais como o Fundo Verde para o Clima. Por fim, valorizamos os cofinanciamentos com outras financiadoras nacionais e internacionais.

Há pouco reforçamos as nossa ambições em relação ao clima, ao fixarmos um objetivo forte dentro da nova estratégia climática adotada em novembro de 2017: ser um banco de desenvolvimento “100% compatível com o Acordo de Paris”.

Com financiamentos de 33,3 bilhões de euros aprovados para o clima desde 2017, somos uma das principais agências de financiamento internacionais de combate às mudanças do clima.
 

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