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Instituições firmam compromisso para atuar integradas em favor de ações de responsabilidade social, ambiental e climática.
A partir dos desafios em ampliar a cooperação entre instituições financeiras diante de compromissos comuns com a agenda da sustentabilidade global, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e importantes parceiros internacionais acabam de firmar um pacto em favor de ações que contribuam com a transição climáticas, ao impacto social e na valorização do empreendedorismo feminino. O compromisso em alinhar os projetos com este propósito aos financiamentos em toda a região Sul do país reúne o Grupo Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF).
Uma declaração conjunta, que reconhece a importância de atuar de maneira coordenada na transição para uma economia mais inclusiva, sustentável e resiliente, foi apresentada nesta quinta-feira (dia 10/04), durante a programação do South Summit Brazil, evento global de inovação e empreendedorismo que acontece na próxima semana em Porto Alegre (RS). O termo estabelece estratégias para assegurar maior monitoramento dos projetos em favor da equidade e na mitigação dos impactos dos eventos climáticos extremos, como ocorreu há quase um ano com o Rio Grande do Sul enfrentado a maior enchente da sua história.
Para o diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Júnior, o termo celebrado ao lado de instituições com as quais o banco já atua há vários anos representa um marco importante. “Essa parceria já nos aproximou muito da agenda da sustentabilidade. Hoje, 82% das nossas operações já estão alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Agora queremos promover um engajamento ainda mais efetivo em torno desses desafios comuns”, destacou Ranolfo.
Ação conjunta
Diretor adjunto da AFD no Brasil, Léo Gaborit destaca a sólida parceria de longa data com os estados do Sul do Brasil. “Faz todo sentido para nós contribuirmos com um esforço coletivo de reconstrução no Rio Grande do Sul, onde for necessário. O objetivo é financiar investimentos que ajudem autoridades públicas e instituições privadas a prevenir riscos de desastres naturais e a se adaptar aos impactos das mudanças climáticas, especialmente em áreas e setores mais vulneráveis da região Sul.”
Representante do CAF no Brasil, Estefanía Laterza igualmente destacou o significado em reafirmar as parcerias estratégicas estratégicos na construção de uma agenda que alia responsabilidade social, igualdade de gênero, ação climática e desenvolvimento territorial. “O momento que vivemos exige respostas coletivas e coordenadas. Por isso, reforçamos hoje a importância do multilateralismo como instrumento para ampliar impactos e potencializar soluções. Nenhuma instituição, por mais sólida que seja, consegue sozinha enfrentar os desafios da desigualdade, das mudanças climáticas ou da exclusão social. A construção de um futuro mais justo e sustentável passa, necessariamente, pela ação conjunta entre bancos multilaterais, agências de fomento e bancos regionais de desenvolvimento”, ponderou Estefanía.
Diante da urgência das medidas integradas de resiliência climática, os bancos igualmente assumem compromisso em ampliar a resposta financeira quando houver novos desastres climáticos, bem como o suporte técnico. A declaração conjunta inclui, também, o apoio a programas de formação voltados para gestores públicos, instituições de crédito já conveniadas ao BRDE e organizações sociais para ampliar o acesso a financiamentos por parte de empresas lideradas por mulheres.
Conforme o diretor de Planejamento do BRDE, Leonardo Busatto, a declaração conjunta é resultado da forte integração do banco com as agências de fomento internacionais. “Com isso conseguimos captar recursos financeiros, mas igualmente toda uma capacidade técnica que é fundamental para fomentar o desenvolvimento econômico, social e ambiental em toda a região”, destacou. Dos quase R$ 6 bilhões em novos financiamentos aprovados pelo BRDE no ano passado, cerca de 12% dos recursos tiveram origem nas parcerias com os bancos internacionais.