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Mobilidades e transportes

Nosso compromisso
A mobilidade das pessoas e dos bens é indispensável para o acesso ao emprego e aos serviços essenciais, o funcionamento da economia produtiva, e para que as cidades permaneçam eficientes e viáveis.
A AFD apoia sistemas de mobilidade que combinam infraestruturas, serviços e regulamentações para que os deslocamentos de cada ator possam ser realizados com soluções eficientes, equitativas e sustentáveis.
Nossa abordagem
Rápido crescimento da população, globalização das trocas... A demanda de mobilidade, de pessoas assim como de bens, não para de crescer. Até 2030, o tráfego anual de passageiros aumentará 50% em relação a 2015, e 70% para o frete. Serão 1,2 bilhões de automóveis a mais nas estradas.
São muitos os desafios. Hoje ainda, a maioria da população africana não tem acesso a uma estrada transitável o ano todo a menos de 2km. As comunidades das grandes cidades em desenvolvimento não têm acesso às oportunidades econômicas e sociais. Dar um acesso universal à mobilidade pressupõe o investimento de montantes fabulosos em infraestruturas e serviços de mobilidade, e ser capaz, em seguida, de dar manutenção a essa rede. Os sistemas de mobilidade devem ser eficientes, tanto na sua concepção quanto na sua operação. Além disso, as questões de segurança tornam-se cada vez mais prementes com o aumento da mortalidade no trânsito.
Por fim, o último desafio é de ordem ambiental: o setor, que ainda consome muita energia fóssil (1/3 das emissões fósseis), deve integrar o combate à poluição do ar e às emissões de gases de efeito estufa.
Para enfrentar esses desafios, a AFD apoiará o desenvolvimento de sistemas de mobilidade:
- inclusivos e acessíveis por todos, com boa cobertura e tarifação adaptada
- bem geridos, eficientes e de qualidade
- seguros, com uma dimensão de segurança no trânsito, e uma atenção para a insegurança das mulheres nos transportes e nos espaços públicos
- sustentáveis, por meio de soluções capazes de reduzir as emissões de gases de efeito estufa ligadas ao transporte urbano.
Em 2022, o compromisso da AFD no setor de mobilidade e transportes alcançou 1,8 bilhão de euros e se distingue por sua concentração em projetos de mobilidade urbana.
A AFD e as mobilidades: garantir para todos um acesso a transportes seguros, “verdes” e eficientes
Até 2050, 70% da população mundial estarão vivendo nas cidades. 90% dos 2,7 bilhões de novos habitantes urbanos estarão em países em desenvolvimento. Torna-se crucial, no Sul, preservar, construir ou reencontrar cidades “viáveis”, apesar do desenvolvimento econômico rápido e do aumento dos fluxos urbanos (homens e mercadorias), tanto nas megalópoles já constituídas quanto nas cidades médias em forte crescimento, nos grandes países emergentes quanto nos países mais pobres.
Até o momento, a AFD financiou principalmente infraestruturas de transportes coletivos “de massa” (metrô, VLT, BRT). O novo marco de intervenção amplia o campo de atuação da AFD, para que ela possa:
- apoiar a elaboração e a implementação de políticas públicas de mobilidade sustentável, no plano nacional e subnacional (planejamento, governança, mecanismos de financiamento, fortalecimento dos atores);
- financiar todos os componentes de uma política de mobilidade sustentável: otimização dos fluxos de veículos, percursos exclusivos para pedestres e ciclistas, mobilidade elétrica etc.;
- pôr a mobilidade a serviço da “qualidade da cidade” e construir uma visão de longo prazo que integre o transporte com o urbanismo (planejamento);
- apoiar a modernização do transporte informal, principal modo de transporte urbano do Sul.
- buscar sempre integrar inovações de transformação digital e energética dos serviços de mobilidade.
No plano nacional, o desenvolvimento econômico de um país depende da conexão e da valorização dos polos de desenvolvimento principais e secundários, com vistas a promover uma distribuição equilibrada das bacias de emprego, de serviços e, portanto, das populações. Um desenvolvimento que passa por “conectores” como as estradas, o trem, ou ainda as vias fluviais.
Nos países do Sul, para além das megalópoles e das capitais regionais, o rápido desenvolvimento das “pequenas cidades” é um grande desafio. Os sistemas de transporte são essenciais para garantir a todos um acesso aos serviços, aos empregos e aos mercados para as produções agrícolas locais.
Nesse âmbito, a nossa ação visa:
- consolidar a malha nacional ao privilegiar a reabilitação e o fortalecimento de infraestruturas existentes;
- melhorar os acessos do mundo rural para facilitar a sua integração no território;
- promover a melhoria da governança das operadoras públicas, especialmente as políticas de manutenção;
- integrar a segurança do trânsito de forma mais ambiciosa;
- promover o surgimento de projetos de melhoria da eficiência energética das operadoras públicas e privadas.
Com mais de 10 bilhões de toneladas transportadas, o transporte marítimo representa hoje, en volume, cerca de 90% do comércio mundial: é o espinho dorsal do desenvolvimento econômico dos países. Em comparação, o frete aéreo representa volumes pouco expressivos, mas possui um forte valor agregado (35% do valor mundial). Por sua vez, o transporte aéreo de passageiros explodiu, com cerca de 3 bilhões de passageiros transportados. No total, o transporte aéreo geraria cerca de 3,5% do PIB mundial.
A redução do isolamento e a integração nas trocas internacionais são uma condição do desenvolvimento econômico, especialmente para os territórios insulares e para a África, que sofre de um atraso de infaestruturas. A nossa atuação visa os seguintes objetivos:
- Romper o isolamento dos territórios para permitir a sua integração nas trocas econômicas internacionais, com uma intervenção prioritária na África e nos territórios ultramarinos franceses.
- Favorecer o efeito de alavanca das grandes plataformas portuárias e aeroportuárias de trocas internacionais sobre o desenvolvimento equilibrado dos territórios, por meio de uma melhor integração com as redes rodoviárias e ferroviárias.
- Apoiar as autoridades locais para melhorar a eficiência dos corredores logísticos regionais.
- Acelerar a necessária transição energética dos setores marítimos e aeroportuários
- Melhorar a segurança do transporte internacional.
O setor dos transportes é responsável por 23% das emissões mundiais ligadas à geração e ao consumo de energia. É também o setor onde as emissões crescem mais rápido, especialmente nos países emergentes: a urbanização galopante, conjugada com o desenvolvimento econômico, redundam no forte crescimento da demanda de mobilidade e da motorização individual. Sem uma ação pro-ativa, essas emissões irão crescer 140% até 2050, 90% dos quais provenientes dos países do Sul.
As soluções para uma mobilidade de baixo carbono existem. Elas combinam quatro dimensões chave para a transição energética do setor:
- evitar os deslocamentos motorizados de pessoas e bens por meio de um urbanismo mais compacto e misto, ou favorecendo as soluções a distância (teletrabalho, e-administração etc.)
- transferir os deslocamentos para modos de baixo carbono, ao financiar uma rede de transporte coletivo de qualidade e desincentivar o uso do carro individual nos centros das cidades
- melhorar os fatores de emissões dos veículos e dos combustíveis por meio da modernização dos parques, da promoção das motorizações de baixo carbono (mobilidade elétrica, bem como híbrida ou a gás) e da regulamentação.
- tornar essas ações possíveis por uma governança eficiente, integrada e responsável, e pela efetiva implementação das medidas planejadas e a avaliação dos seus impactos.
Informações locais
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Notícias e eventos
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Indicadores principais
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1,8 bilhão de euros investido no contexto dos transportes e da mobilidade em 2022
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8,8 milhões de pessoas terão melhor acesso ao transporte sustentável como resultado dos projetos financiados em 2022
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79% dos compromissos no setor de transportes possuem um cobenefício climático