EM MOÇAMBIQUE, O PROJETO ACAMOZ II ATENDE OS SETORES DO CAJU E DA MACADÂMIA

Moçambique é um dos países mais pobres do continente africano, com disparidades particularmente grandes entre as populações rurais e urbanas. Ao mesmo tempo, o país possui muitos recursos naturais e áreas-chave de biodiversidade à escala continental e global. O sector agrícola, e em particular as cadeias de valor do caju e da macadâmia, apresentam numerosas oportunidades para conciliar o desenvolvimento económico que afecta as populações rurais mais vulneráveis com a preservação sustentável dos recursos naturais e da biodiversidade. 
 

Este projeto opera a diferentes níveis: i) instituições, ii) territórios, iii) explorações agrícolas, com o objetivo de apoiar e acelerar a transição agro-ecológica do sector do caju e da macadâmia, e propor um modelo sustentável de desenvolvimento rural nos distritos abrangidos, que possa ser replicado a nível nacional em Moçambique.

As actividades realizadas deverão beneficiar 3.000 novos produtores familiares de castanha de caju (40% dos quais são mulheres da província da Zambézia) e de macadâmia no distrito do Gurué e na província do Niassa, com o objetivo de aumentar os seus rendimentos em 20% até ao final do projeto. 

Este projeto capitalizará a primeira fase do projeto ACAMOZ (CMZ1147), consolidando a lógica de melhoria da estruturação das cadeias de valor através de uma abordagem de transição agro-ecológica que permitirá conciliar a proteção dos ecossistemas com a melhoria dos rendimentos dos pequenos produtores e a igualdade de género, num contexto institucional reforçado e mais transparente, liderado pelo IAM,IP.

O projeto baseia-se na obtenção de 3 resultados: 

•  Os produtores de caju nos distritos de Gilé e Pebane estão a adotar sistemas de produção resilientes e amigos do ambiente que lhes proporcionam rendimentos mais elevados e maior segurança alimentar.
• Os modelos de produção de macadâmia adaptados à racionalidade dos agricultores familiares estão a ser testados no distrito de Gurué e na província do Niassa, e estão a ser integrados nas estratégias do sector.
• A governação da indústria da amêndoa está a ser reforçada por uma maior colaboração entre as partes interessadas da cadeia de valor e pela definição de políticas, estratégias e instrumentos que integram os resultados de estudos e projectos-piloto.